Antes da fundação do povoado de Mogi das Cruzes, o bandeirante Braz Cubas, no ano de 1560, havia se embrenhado pelas matas do território mogiano, às margens do Rio Anhembi, hoje Tietê, à procura de ouro.

Gaspar Vaz abriu o primeiro caminho de acesso de São Paulo a Mogi, dando início ao povoado, que foi elevado à Vila em 17 de agosto de 1611, com o nome de Vila de Sant'Anna de Mogi Mirim. A oficialização ocorreu em 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da cidade.

Mogi é uma alteração de Boigy que, por sua vez, vem de M'Boigy, o que significa "Rio das Cobras", denominação que os índios davam a um trecho do Tietê. Quando a Vila foi criada em 1611, devido ao costume de adotar o nome do padroeiro, passou a ser denominada "Sant'Anna de Mogy Mirim".

Mogi da década de 40: Rua Dr. Deodato Wertheimer - a ligação norte-sul e um dos principais corredores comerciais da cidade, no trecho hoje transformado em calçadão -, traz à esquerda a Igreja do Rosário, que deu lugar a um hotel, e em frente ao atual Largo do Rosário. (Gogelis, 1949) - Imagem extraída do livro "Memória Fotográfica de Mogi das Cruzes", de Isaac Grimberg.

Na língua indígena, Mirim quer dizer pequeno. Provavelmente, uma referência ao riacho Mogi Mirim. A linguagem popular tratou de acrescentar o termo "cruzes" ao nome oficial da Vila. Era costume dos povoadores sinalizar com cruzes os marcos que indicavam os limites da Vila, de acordo com tese de Dom Duarte Leopoldo e Silva, confirmada pelo historiador e professor Jurandyr Ferraz de Campos.

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1560 - Ano que marca a fundação de Mogi das Cruzes.

1601* - Não há mais tribos indígenas. Fica pronta a primeira ligação entre São Paulo e Mogi das Cruzes, favorecendo o trânsito de paulistanos como Gaspar Vaz, fundador do município, que deixou suas atividades para dedicar-se à formação do povoado de Mogi Mirim (Boigy).

1611 - Surge oficialmente a Vila de Sant'Anna de Mogy Mirim, em 17 de Agosto (oficializada em 1º de setembro) como sítio de grande importância no projeto de povoamento do Brasil. Até a metade do século XVI, existiam 14 vilas, todas no litoral, com exceção de São Paulo de Piratininga.

1822 - Mogi recebe o Príncipe Regente D. Pedro, em 9 de setembro, após a Proclamação da Independência. Hospeda-se no Convento do Carmo - propriedade dos carmelitas instalados na cidade desde 1633, com a construção da Igreja de Ordem 1ª do Carmo. Depois, segue viagem levando um documento dos mogianos, que reitera apoio à Independência do Brasil.

1865 - Em 13 de março - Elevação a cidade.

1874 - Em 14 de Abril - Elevação a comarca.

1º DE SETEMBRO - Comemora-se o aniversário da cidade.

* Há historiadores que entendem ser 1601 o ano de fundação de Mogi das Cruzes. Oficialmente, considera-se o ano de 1560.

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Mogi das Cruzes é o quarto município mais antigo do Estado de São Paulo, e de seu desmembramento ao longo dos seus 448 anos originaram-se os seguintes municípios:

1 - Jacareí (1653) São José dos Campos (1767) - Buquira (extinto 1934) - Monteiro Lobato (1949) - Paraibuna (1832) - Natividade (1863) - Natividade da Serra (1935) - Santa Branca (1856);

2 - Santa Isabel (1832) - Igaratá (1873 - extinto em 1934) - Igaratá (1954) - Arujá (1959);

3 - Salesópolis (1857);

4 - Guararema (1898);

5 - Suzano (1949);

6 - Poá (1949) - Ferraz de Vasconcelos (1954);

7 - Itaquaquecetuba (1954);

8 - Biritiba-Mirim (1964);

9 - Brás Cubas (1964 - extinto em 1970).

Obs.: O município de Buquira, extinto em 1934, foi recriado com o nome de Monteiro Lobato pela Lei 233 de 24 de dezembro 1948.

Fonte: Divisão territorial do Estado de São Paulo.

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Idealizado pelo historiador Dr. Afonso Taunay e desenhado pelo artista J. Wasth Rodrigues. Instituído pelo Ato nº 48 , de 1º/07/1931. Restabelecido pela Lei nº 19, de 27/02/1948.

Escudo com um gibão de armas frechado, tal qual ocorre na célebre estampa COMBATE DE ÍNDIOS BOTUCUDOS COM SOLDADOS MILICIANOS DE MOGI DAS CRUZES representado ao natural, em campo vermelho ou degoles. Cinco escudetes firmados em chefe recordam e simbolizam uma série de fatos da história local e circunstâncias da vida mogiana antiga e moderna.

No primeiro escudete, partido, ocorre, no primeiro quartel, a pipa de ouro, em campo vermelho, das armas de Braz Cubas; No segundo, o cardo verde, em campo de prata das armas dos Cardoso. Estão, aí, pois, lembrados dois vultos inesquecíveis da história mogiana: BRAZ CUBAS, dono da sesmaria e da fazenda sobre a qual se ergueu a vila de SANT ANNA DAS CRUZES DE MOGI; e BRAZ CARDOSO, fundador da vila, erecta em 1611.

No segundo escudete, uma sérpe de ouro numa faixa de prata em campo verde, traduz a denominação "MOGI" Rio das Cobras no dizer dos maiores sabedores de nossa Língua Geral.

No terceiro escudete, três cruzes vermelhas, da ordem de Cristo, postas em roquete, e em campo de prata, evocam a antiquíssima tradição dos três cruzeiros chantados no adro da primeira igreja Matriz, fato de onde proveio a esta denominação de Mogi das Cruzes.

No quarto escudete, vem duas corôas muraes de ouro, tudo em campo de sinople (verde). Simbolizam as corôas muraes a fundação de cidades por mogianos mineradores de ouro, partidos das margens do Tietê, o grande rio paulista das entradas e monções.

No quinto escudete uma roda dentada, de engrenagem,simboliza a existência de já notável indústria moderna na cidade. Como tenentes do escudo, dois bandeirantes revestidos do característico "GIBÃO D ARMAS" um deles empunhando uma bandeira de Santana, orago da cidade, e o outro armado de arcabuz. Como suportes, ramos de fumos e hastes de cana, ao natural, rememoram as duas lavouras tradicionais do município.

No listal, em letrasprata sobre fundo vermelho inscreve-se a divisa que se pode traduzir como "SOU DA GREI BANDEIRANTE","PROCEDO DOS BANDEIRANTES" ou seja: BANDEIRANTES GENS MEA".

Fonte: Câmara Municipal de Mogi das Cruzes.

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Assim como o brasão, a bandeira representa o município. Mogi das Cruzes tem sua bandeira, oficializada pela Lei Municipal n.º 804 de 29 de novembro de 1956. A bandeira de Mogi tem três faixas horizontais, sendo a de cima de cor preta, a do meio branca e a de baixo vermelha.Elas representam a população de que se formou o município, através das três raças: branca, negra e vermelha (índios). As faixas preta e vermelha tem cada uma 1/4 do total e a do meio tem 2/4, por ter sido bem maior a contribuição da raça branca.

No canto esquerdo, um triângulo de lados iguais com o vértice voltado para a direita e representando a Santíssima Trindade e, por extensão, Sant'Anna, padroeira da cidade. Esse triângulo de cor azul, simbolizando o céu, tem uma estrela dourada em cada um de seus três ângulos, que lembra a expansão dos bandeirantes mogianos nos sentidos norte, noroeste e sudoeste.

Ainda sobre este triângulo, há à direita o brasão da cidade e à esquerda uma cobra fumando - lembrança da participação dos mogianos na Força Expedicionária Brasileira a 2ª Grande Guerra, que foi a maior dentre todas as cidades do interior do Brasil.

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Letra: Raulindo Paiva - Melodia:Raulindo Paiva Júnior

I
Foi transpondo a serra do mar
Que Bráz Cubas teu solo pisou
E nos deu a razão de amar
Esta terra que ele fundou.
II
Situada às margens do Rio
Tietê, aos pés do Itapeti
Habitada por gente de brio
Que sorrindo sempre vela por ti.
III
Teu brasão, de teus filhos estampa
A história, heroísmo, os feitos
Bandeirantes que nos deram de herança
Nossa origem, nosso grande conceito.
IV
Do trabalho, teu povo é amante
Braços fortes,coragem imorredoura
Te fundiram, nesta gigante
Nesta terra tão encantadora.
V
(Estribilho cantado duas vezes)
Por ti, minha Mogi querida
Das Cruzes, o símbolo cristão
Darei a minha própria vida
De todo o meu coração.
VI
Foi lutando com fé e amor
Que na guerra teu filho brilhou
E voltou só ferido da dor
Dos irmãos que lá ele deixou.
VII
Na Itália, distante Itália
Em Pistóia, bem longe do Anhembi
Recobertos com louros e glórias
Conquistadas por heróis de Mogi.
VIII
O saber, de tua gente é pujança
Tua indústria e lavoura um encanto
Patriotismo é a nossa esperança
Liberdade nosso tema de canto.
IX
Salve! Salve! 1º de setembro
Nobre data em que foste fundada
Te saúdo e cumprimento
Minha terra,sempre sempre amada.
X
(Estribilho cantado duas vezes)

Por ti, minha Mogi querida
Das Cruzes, o símbolo cristão
Darei a minha própria vida
De todo o meu coração.

 

 

Rua Coronel Souza Franco, 917 - Centro Histórico, Mogi das Cruzes - São Paulo - CEP: 08710-025 Tel.: 11 4798-6910